Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em reunião ministerial realizada nesta terça-feira, 26 de agosto de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o Brasil está aberto ao diálogo e à negociação, mas não tolerará tratamento de subalternidade por parte de outros países, citando de forma clara as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos.

“Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém. É importante saber que o nosso compromisso é com o povo brasileiro”, declarou Lula.

O presidente também orientou seus ministros para que enfatizem, em suas manifestações públicas, a soberania do país: “Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo, ofensas e petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático e soberano, republicano”.

Panorama das exportações e da resposta brasileira

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou dados atualizados sobre os efeitos das tarifas americanas sobre o comércio brasileiro. Segundo ele, 35,6% de tudo que o Brasil exporta aos Estados Unidos está sujeito a tarifa de 50%.

A política tarifária dos Estados Unidos, implementada por Donald Trump, visa proteger sua economia, especialmente diante da concorrência chinesa, por meio de barreiras tarifárias elevadas.

Significado político e diplomático

O pronunciamento de Lula reforça a posição do Brasil de que a negociação deve ocorrer em pé de igualdade, sem submissão ou imposições unilaterais. A fala ocorre no contexto de uma crise diplomática com os Estados Unidos, marcada pelo chamado “tarifaço”, que vem afetando setores estratégicos da economia brasileira.

Via: Agência Brasil

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